A falar (Português) é que a gente se entende...

Incrementar o uso da Língua Portuguesa

Nome:
Localização: Carnaxide, Lisboa, Portugal

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

XII Encontro Internacional do Centro de Estudos Fernando Pessoa

Nos dias 30 e 31 de Maio de 2006, acontece o XII Encontro Cultural dos Países de Língua Portuguesa, promovido pelo Centro de Estudos Fernando Pessoa, em colaboração com a Delegação em Coimbra da Universidade Aberta. Escritores e especialistas de oito países de língua portuguesa foram convidados para estudo e debate sobre A presença da Língua Portuguesa no Mundo; As Literaturas em Português; História e Artes; Diáspora; Estudos Pessoanos e Cultura Regional. Além disso, acontece ainda uma mesa-redonda sobre “Vida e Obra de Fernando Pessoa” com depoimentos de conhecidos estudiosos, que responderão às perguntas dos presentes. Será promovido também exposições de livros, tardes de autógrafos dos escritores participantes, recitais de poesia e projeção de vídeos. O encontro acontece na Delegação da Universidade Aberta : Rua Alexandre Herculano nº. 52 – em Coimbra. Este será o quarto encontro promovido em Portugal, onde já se realizaram em Arganil e Lisboa por duas vezes. No Brasil já foram promovidos oito: em São Paulo, Recife, Fortaleza, Curitiba e Rio de Janeiro, por iniciativa do Centro Fernando Pessoa e sempre com o apoio de Universidades e instituições culturais. O XII Encontro será coordenado pelo Prof. Dr. Dionísio Vila Maior, diretor da Delegação em Coimbra da Universidade Aberta, e no Brasil pelo Prof. João Alves das Neves, Presidente do Centro de Estudos Fernando Pessoa. In : Jornal Mundo Lusíada - - - - - - - Posso acrescentar que, além de Manuela Nogueira e Miguel Rosa, sobrinhos do Poeta, e de João Alves das Neves, Presidente do Centro de Estudos Fernando Pessoa - São Paulo / Brasil, estarão presentes, entre outros : Dionísio Vila Maior - Director da Delegação de Coimbra da U.A. Micla Petrelli - da Universidade Bolonha / Itália Afrânio Duarte - Academia Mineira de Letras, Belo Horizonte / Brasil Vasco dos Santos - Escritor e Advogado O Dr. Vasco dos Santos irá dissertar sobre o tema "João Ramalho, o pai dos Mamelucos", tema que domina em profundidade, sobre o qual escreveu "João Ramalho - Memórias Dum Povoador" e o romance de cunho histórico "O Mameluco", "onde se revive o começo da formação da nacionalidade brasileira, a miscigenação, o homem-novo, as entradas e bandeiras, a nova etnia resultante da mistura e, em última análise, a reflexão para que tende o assombro do mundo moderno, contemplando esta mistura inconteste de raças nos trópicos", tal como é descrito no folheto da CVS EDITORES, editora brasileira a que o autor está ligado. Sobre "O Mameluco", escreveu Aristides Theodoro, seu amigo e companheiro nas artes literárias: """ Mais uma vez, o escritor Vasco dos Santos, estendeu-me os originais do seu novo livro, "O Mameluco", para que eu deitasse-lhe algumas palavrinhas, à guisa de orelhas. O que vou dizer de novo sobre Vasco dos Santos, depois de haver escrito sobre quatro livros de sua autoria? Que Vasco é um escritor profícuo, de estilo personalíssimo, muito apegado à história do português colonizador? Ora pois, pois. Isto todo mundo já anda careca de saber. Então vamos falar sobre o personagem criado por Vasco dos Santos, o Mameluco, também chamado de "novo homem". "Um homem e uma mulher, unem-se para dar uma raça ao mundo". Mais adiante, o novelista, no seu estilo candente, coloca na boca de um dos seus personagens o seguinte: "Bem, se o avô é português e branco, casou com a avó que é índia e filha do Cacique, e logo nascemos mamelucos por causa disso mesmo, haveremos de ter orgulho da tal mistura e procedência". Eis aí, o homem novo, criado pelo português colonizador, uma espécie de sal da nova terra, tão bem adaptado ao meio. Sobre este homem novo, do qual nos fala Vasco dos Santos, vários cientístas, antropólogos, etnólogos e sociólogos já se debruçaram. Uns, como o paulista Eduardo Prado e o fluminense Francisco de Oliveira Viana, contra, atribuindo-lhe todas as desgraças, vícios e males do Brasil; e outros, caso de Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro, debitaram-lhe boa parte do viço e graça destes rincões. Vasco dos Santos se alinha ao lado dos últimos e chega a preconizar bons momentos para esta terra que no passado chamou-se Terra de Vera Cruz, de Santa Cruz e finalmente Brasil, devido a este novo homem, com o sangue vigoroso das três raças borbulhando em todas as longitudes e latitudes deste chão. O historiador gaúcho Luiz António Alves, no seu "A Grande Nação", professorou, num esforço, explicando o povo brasileiro: "Vários autores consagrados como Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre e José Verdasca, trataram do tema relacionado à missigenação, concluindo em suas obras, que a nossa matriz étnica é o resultado da combinação entre portugueses, índios e negros". Este "O Mameluco", de Vasco dos Santos, é um livro que, uma vez lido com atenção, levará o leitor a pensar com seriedade sobre si mesmo e o seu lugar na história dessa grande nação, que ainda estamos a construir. De maneira que, segundo Vasco dos Santos, somos todos mamelucos, ou melhor, missigenados, isso independente da cor da epiderme, em busca de dias melhores para todos, como um só homem novo, numa terra nova. """

domingo, fevereiro 19, 2006

Quero falar, ler, ouvir e escrever português

........ Entre os factores que mais põem em risco o futuro de Portugal como nação distinta e milenária, destaca-se o desprezo que os governantes dedicam à língua portuguesa. E não só. Os maus tratos à Língua começam na escola do ensino básico. Continuam no ensino secundário e prolongam-se no ensino superior. Os programas são deficientes. Muitos professores não se empenham. Os alunos não são estimulados para a apreciação e uso correcto do idioma nacional. Não se incentivam os estudantes a lerem persistentemente as boas obras da literatura portuguesa e a fazê-lo, sempre, na companhia do dicionário. Seguramente que a leitura dos clássicos é a melhor forma de aquisição de vocabulário, de apreensão da construção gramatical e de aquisição do sentido estrutural do pensamento aquisição melhor conseguida se acompanhada pelos estudos da filosofia e da matemática. Nos estabelecimentos escolares, nos jornais, nas rádios, nas televisões, nos diálogos dos cidadãos, instalou-se o hábito de tudo facilitar sincronizado com o repúdio dum mínimo grau de exigência e de rigor. Há por aí instalado um desarranjo intelectual que comporta a tara da condescendência absurda pelas asneiras gramaticais; a tácita aceitação dos erros ortográficos; a mania da exaltação (ao que chegámos!) da praga dos vocábulos sincopados introduzida pelo uso dos telemóveis; o uso desenfreado da aberração linguística representada pelos neologismos e estrangeirismos; a petulância idiota de certa gente em misturar termos estrangeiros (sobretudo, ingleses) nos títulos, nos textos publicados e nas falas; a descabida e insensata utilização das denominações inglesas das empresas, dos produtos e dos equipamentos. Se a tudo isto juntarmos a inércia dos governantes que, falando mal e escrevendo pior, nada fazem no sentido de incrementar o bom uso da Língua e de dar forte impulso à sua expansão nos países lusófonos e pelo Mundo, fica definida uma situação que bem podemos classificar de descalabro total. Certamente que fere a sensibilidade de qualquer português apegado aos valores pátrios ver, por exemplo, a palavra Welcome impressa nos tapetes (de fabrico português) das entradas das habitações. Arrepia ouvir um ministro afirmar que os portugueses "hadem" fazer. Dá para entristecer e desalentar ouvir um professor universitário, mestre de Direito, ex-chefe de partido e comentador celebérrimo de televisão, repetir a todos os instantes: "última da hora". Torna-se insuportável escutar as banais intervenções, em mau português, de ministros e de outras figuras públicas recheadas de termos ingleses e franceses. Chega a ser ultrajante ver e ouvir o presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em Portugal, a pronunciar discursos em inglês. Ainda recentemente tal aconteceu no palácio de Belém no acto de condecoração de Bill Gates. Entretanto, desencadeiam-se programas e acções de aprendizagem do inglês nas escolas de todos os graus de ensino. Simultaneamente, o Ministério da Educação toma a iniciativa de arredar os estudos da língua e literatura portuguesas dalguns escalões dos currículos escolares. Pior, ainda, faz-se de forma idiota e subserviente a apologia da língua inglesa ao ponto de a consagrar como opção prioritária abrangente dos diferentes níveis escolares. A evolução da informática serve de pretexto. Mas, aqui, é preciso dizer que se perderam oportunidades e se descurou a importância do Português como linguagem de programação de computadores. Nem sequer houve a lucidez de atender à circunstância de a nossa língua ser falada por aproximadamente duzentos e cinco milhões de indivíduos. Tão-pouco existiu o cuidado de atender ao previsível aproveitamento de um tão vasto mercado internacional certamente induzido pelo uso do português à escala planetária. Por este caminho de apatia, de desleixo, de desvalorização da Língua e de abastardamento do orgulho nacional, não tardará muito que percamos a nossa autêntica identidade de portugueses. Depreende-se das intervenções da classe política que está traçada (melhor dizendo: decretada) a preponderância do Inglês na sociedade portuguesa. Logo, o Português tenderá a tornar-se uma língua de segunda escolha ou um adulterado dialecto regional. Pressinto que, nessa altura, ninguém me entenderá quando falar ou escrever Português. Para já, em plena degenerescência. A situação é preocupante. ........
Brasilino Godinho Mensagem enviada para portugalclub [a] cardigos.com.br

sábado, fevereiro 18, 2006

Ensino do Português em Damão

Alunos do 8.º e 9.º anos de português em plena actuação. Em Damão desenvolvem-se esforços para não só consolidar o ensino do Português como alargá-lo, registando-se aliás, um aumento do número de alunos. A partir de agora os docentes daquela região indiana vão passar a dispor de um conjunto de meios essenciais para melhor leccionarem, nomeadamente livros didácticos e gramáticas, para além de material informático de apoio. Um conjunto de materiais em tudo idêntico ao utilizado em Goa, no curso básico. O ensino do Português em Damão tem sido assegurado pelo Instituto de Nossa Senhora de Fátima que passará a estar ligado à Internet e deste modo consultar o sítio do Instituto Camões e ter acesso ao Centro Virtual, possibilitando diversas hipóteses de trabalho e informações até para uso dos docentes. O IC atribuiu uma verba aquele instituto para a aquisição de materiais destinado às salas de aula de Português. A instituição damanense fez um balanço muito positivo do ensino do Português, realçando "o carácter multicultural" da iniciativa que foi "muito bem aceite pela população e com uma procura apreciável pelos alunos". Para além do Instituto de Nossa Senhora de Fátima, outras instituições ministram o ensino do português, designadamente a Escola Paroquial de Português Nossa Senhora dos Remédios e a Govermental High School. O ensino da língua portuguesa foi entretanto, recentemente, iniciado na Governamental High Scholl. Entretanto foram já garantidas duas bolsas de estudos para dois jovens indianos virem estudar para Portugal, com o objectivo de posteriormente leccionarem em Damão.
In: Instituto Camões

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Metamos a língua nos textos...

Amigo Lucas Monteiro, Obrigado por ter expressado a sua opinião (em bom português...).

O título do blog "A Falar (Português...) É Que A Gente Se Entende" não faz diferença entre o português de Portugal e o português do Brasil; e também não faz diferença entre estas duas variantes e as variantes de todos os outros falantes da língua pelo mundo fora, quer eles façam ou não parte da Comunidade De Língua Portuguesa. Como deve saber, a língua portuguesa nasceu na Galiza, um estado espanhol no qual a esmagadora maioria do povo pretende que fala (e quer falar...) a língua portuguesa; sentem-se amordaçados pelas imposições espanholas que os querem obrigar a falar castelhano ou, em alternativa, uma espécie de portunhol, do qual eles têm asco e renegam diàriamente. Como deve saber, os timorenses liam e estudavam português às escondidas e à luz da vela, para que não fossem descobertos pelos ocupantes indonésios, que viam ali uma força tremenda a dificultar-lhes os desígnios de uma unidade que eles queriam, por força, implantar. Eu, como português que sou, tenho muito orgulho em que a língua da minha pátria se tenha difundido a ponto de ser hoje falada por mais de 250 milhões de pessoas em todos os cantos do mundo, incluindo terras e gentes das mais inusitadas. Os galegos insistem em falar português, pois reconhecem na sua terra a mãe desta nobre e bela língua, desta Flor do Lácio, desta língua que tem dado extraordinárias páginas da literatura mundial, como as escritas por Camões, Jorge Amado, Saramago, Pepetela, Agostinho da Silva, Fernando Pessoa, entre muitos outros que, pelo seu grande número seria fastidioso enumerar, embora fosse um fastio de grande nobreza. Embora hajam discordantes, tenho a certeza que o povo brasileiro, a maior parte do povo brasileiro, comunga desta esperança de concretizar um dia, num futuro talvez longínquo, um sonho acalentado por gandes pensadores lusófonos de todas as latitudes: Um mundo mais solidário, mais aberto e mais fraterno; um mundo em que as pessoas se entendem...
A Falar Português...

Lusofonia : Agonia ?

Na abertura do 2º Colóquio Internacional da Lusofonia da SLP Sociedade da Língua Portuguesa, em Outubro de 2003 em Bragança, tentei alertar contra os fundamentalistas de várias cores que visam preservar uma visão estática da língua portuguesa que se opõem a quaisquer inovações da língua e às alterações que o novo dicionário da Academia de Ciências veio introduzir. Por outro lado começam a existir movimentos activos que podem levar a que o Português na sua variante Brasileira se emancipe. Creio ser apenas uma questão de tempo (dada a ausência duma política da Língua por parte de Portugal) para que o Brasileiro seja declarado língua e nessa altura o Português (europeu) estará condenado pois os 10 milhões de habitantes mais uns tantos milhares na Galiza (variante Galega) não serão suficientes para fazer frente a uma língua autónoma como a Brasileira com cerca de 200 milhões de falantes. Das ex-colónias portuguesas não se poderá contar com muito apoio dado o exíguo número de pessoas (para além das elites políticas dominantes) que domina a língua de Camões. Assim, a verificar-se (e creio ser só uma questão de tempo) a emancipação da variante brasileira a língua portuguesa europeia estará condenada a uma morte lenta associada a uma rápida diminuição e envelhecimento da população de Portugal que aponta para uns meros 8,7 milhões em 2050 contra os actuais 10,7 milhões. Quanto a Bragança encontrei aqui formas quase medievais da língua que perduraram a todos os níveis da população, independentemente da sua classe socioeconómica e da sua educação, mas de que constato uma quase vergonha dos seus falantes por acharem que não falam português correcto, o que aliado à desertificação humana desta região tende igualmente a acabar. De 2002 em diante os Colóquios têm-se realizado em Bragança, ainda na base da descentralização, mas sobretudo devido à insularidade em termos culturais. Portugal, como toda a gente sabe, é um país macrocéfalo; existe Lisboa e o resto continua a ser paisagem. É muito raro os locais do interior, os locais mais remotos como Bragança, poderem ter acesso a debates de considerável importância sobre o futuro da língua. Estes colóquios são a única coisa que se tem feito concreta e regularmente em Portugal nos últimos cinco anos sobre esta temática. Os Colóquios são independentes de quaisquer forças políticas ou institucionais e asseguram essa sua independência através das inscrições dos participantes contando com o apoio, ao nível logístico, da autarquia que fez a sua aposta cultural na divulgação e realização deste importante evento anual. Estes Colóquios podem ser marginais em relação às grandes directrizes aprovadas nos gabinetes de Lisboa, mas na prática têm servido para inúmeras pessoas aplicarem as experiências doutros colegas à realidade do seu quotidiano de trabalho com resultados surpreendentes e bem acelerados como se acabou de ver na edição de 2005.Agora, volvidos mais três anos quando nos aproximamos do V Colóquio Anual da Lusofonia iremos debater o genocídio da língua portuguesa na Galiza, estropiada e castrapada por uma Academia que decidiu reinventar a língua, como se ela tivesse nascido do nada ou pior, como se ela derivasse do castelhano.Subordinada ao título «Do Reino da Galiza até aos nossos dias: a língua portuguesa na Galiza», o Colóquio da Lusofonia 2006 irá ter como tema central o problema da Língua Portuguesa na Galiza: como se impõe uma língua oficial artificial, que não é falada pela maior parte dos habitantes, análise da situação, desenvolvimentos nos últimos anos, projectos e perspectivas presentes e futuras. Os desafios que se põem neste Colóquio são grandes. A divisão na Galiza é enorme entre lusistas, reintegracionistas e todos os outros. Será que vão conseguir finalmente criar uma plataforma abrangente que permita o entendimento entre algumas das várias correntes de pensamento? Ou irão continuar na sua guerrilha contra tudo e todos que não estejam de acordo com as teorias que professam. A importância deste debate é enorme como atrás se inferiu. Ou o Galego é Português mesmo que seja uma variante, como o Brasileiro ou então o que é? Se for uma língua própria teremos todos de nos cuidar, porque o Brasil com mais razão e há mais tempo pode igualmente fazê-lo.Cremos que esse não será o caminho. O Português, ao contrário do que muitos pensam não tem pernas para andar sozinho com uma população entre 9 e 15 milhões se incluirmos os expatriados, e tem de contar sobretudo com o número de falantes no Brasil, na Galiza, em Angola, Moçambique, Timor, Cabo Verde, S. Tomé, Guiné-Bissau e por toda a parte onde haja comunidades de lusofalantes. Os Acordos Ortográficos, se alguma vez virem a luz do dia do que pessoalmente duvido, podem ser um instrumento, mas é o povo quem mais ordena e o povo não segue os Acordos. O que é preciso é que o povo se entenda, que os portugueses não se armem em detentores únicos da língua ou como temos ouvido como aqueles que falam o Português puro. Os tempos não estão para purezas nem para puritanismos, porque o português que se fala em Portugal varia da Bragança dos Colóquios aos Açores onde vivo actualmente. Todos eles falam Português e todos eles falam diferente de Norte a Sul, de Leste a Oeste. São lusofalantes todos aqueles que têm o Português como língua seja ela língua-mãe, língua de trabalho ou língua de estudo, vivam eles no Brasil, em Portugal nos PALOPs, na Galiza, em Macau ou em qualquer outro lugar. Sejam eles nativos, naturais, nacionais ou não de qualquer um dos países lusófonos. A uniformização linguística, a redução a um mesmo denominador comum é castrante e limitadora. Ela inibe e retrai a natural expansão da língua e do conceito mais lato e abrangente da Lusofonia que professamos. O espaço dos Colóquios Anuais da Lusofonia é um espaço privilegiado de dialogo, de aprendizagem, de intercambio e partilha de ideias, opiniões, projectos por mais díspares ou antagónicos que possam aparentar. É esta a Lusofonia que defendo pois creio que é a única que permitirá que a Língua Portuguesa sobreviva nos próximos duzentos anos sem se fragmentar em pequenos e novos idiomas e variantes que, isoladamente pouco ou nenhum relevo terão. Se aceitarmos todas as variantes de Português sem as discriminarmos ou menosprezarmos, o Português poderá ser com o Inglês uma língua universal colorida por milhentas matizes da Austrália aos Estados Unidos, às Bermudas e à Índia. O Inglês para ser língua universal não precisou de Acordos Ortográficos mas continuou unido com todas as suas variantes.
- - - - - - Dr. Chrys Chrystello Organizador dos Colóquios da Lusofonia In Jornal Primeiro de Janeiro

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Carnavais...

"""" Sendo esta quadra um tempo dionisíaco de subversão, transgressão, troça, brincadeira ruidosa, ausência de fronteiras entre os tabus e as permissões... """" In Terras Da Beira

Porquê subversão, porquê transgressão, porquê ausência de fronteiras entre tabus e permissões ? Quem nos permite a subversão a comportamentos tidos como "bons" durante o resto do ano ? Quem nos consente as transgressões a "leis" impostas durante todo o tempo inter-carnavais ? Quem nos abre as cancelas das fronteiras entre os tabus e permissões ? Quais tabus e quais prmissões ? Durante os dias de carnaval, com toda essa "abertura", nós somos "nós próprios", ou seremos ovelhas de um rebanho temporário e virtual, que se dissolve numa quarta-feira cinzenta, cabisbaixos e subservientes, remetendo-nos à nossa condição de seres inferiores e domados ? O que deveremos ser durante todo o ano e durante todo o tempo ?
Eu dou gargalhadas, canto, e também danço, Se a hora não me chama pr'o remanso. Eu suspiro, e entristeço, e paro, e choro Quando são fortes os males que deploro. Nunca preciso, nem quero vir a ter, Um determinado dia pr'o fazer...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Encontros Açorianos Da Lusofonia

AÇORES: a insularidade e o isolamento, factores de preservação da língua portuguesa no mundo. ENCONTROS AÇORIANOS DA LUSOFONIA 2006 com o apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Centro Cultural Teatro Ribeira-grandense - Ribeira Grande, S. Miguel, Açores 5-7 Maio 2006 integrado nas celebrações do 6º aniversário da re-inauguração do Salão-Teatro. Para 2006 escolhemos como tema central destes I ENCONTROS AÇORIANOS DA LUSOFONIA o problema: a insularidade e o isolamento factores de preservação da língua portuguesa no mundo. Tema 1: Tradições açorianas Tema 2: Açorianos no mundo 2.1. Identidade açoriana, uma matriz de insularidade 2.2. Escrita açoriana. Tendências e projecção 2.3. O carácter açoriano nos quatro cantos do mundo. Factores exógenos e endógenos que permeiam essa açorianidade lusófona Tema 3: Outros Temas PRAZOS DE INSCRIÇÃO E PAGAMENTO 1. INSCRIÇÕES - DATAS LIMITES 2.1. Data limite de envio de propostas de trabalho a apresentar 30 Março 2006 2.2. Comunicação de aceitação de oradores: 15 Abril 2006 2.3. Data limite de recepção de trabalhos finais pronto para publicação 30 Abril 2006 2. PAGAMENTO 2.1. ORADORES COM COMUNICAÇÃO, dentro dos prazos€ 20.00 euros 2.2. ORADORES COM COMUNICAÇÃO, fora dos prazos € 30.00 euros 2.3. PRESENCIAIS MADRUGADORES (PARTICIPANTES sem comunicação). Pagamento até 15 ABRIL 2006 € 15.00 euros 2.4. PRESENCIAIS RETARDATÁRIOS (PARTICIPANTES sem comunicação). Pagamento após 15 ABRIL 2006:€ 20.00 euros 2.5. Estudantes da Universidade dos Açores (com comprovativo)€ 10.00 euros COMISSÕES COMISSÃO CIENTÍFICA Professora Doutora Graça Castanho (Universidade Dos Açores) Professor Daniel De Sá Dr Sá Couto (Escola Secundária GB Antero De Quental) Professor Doutor Luciano José dos Santos Baptista Pereira (Vice-Presidente do Conselho Directivo, Escola Superior de Educação de Setúbal, Instituto Politécnico de Setúbal) Dr Chrys Chrystello (MA) Dra. Helena Chrystello (Mestre) Escola EB1 Maia (S. Miguel, Açores) Dr. João Pedro Caravaca, Universidade Católica (Porto), Escola EB Nordeste (S. Miguel, Açores) COMISSÃO EXECUTIVA Presidente - Dr CHRYS CHRYSTELLO (MA) Vogais Dra Catarina Albergaria, Adjunta Para A Cultura E Assuntos Sociais, CM Ribeira Grande Professora Doutora Graça Castanho (Universidade Dos Açores) Dr Sá Couto (Escola Secundária GB Antero De Quental) Dra. HELENA CHRYSTELLO, (Mestre) Escola EB1 Maia (S. Miguel, Açores) SECRETARIADO E APOIO LOGÍSTICO Presidido por Helena Chrystello COM O APOIO DA DIVISÃO DE CULTURA DA CMRG ACTIVIDADES PARALELAS 1. ARTES (Coordenação da Divisão de Cultura da Câmara Municipal da Ribeira Grande) MOSTRA de AUTORES AÇORIANOS: DE LIVROS, ARTESANATO E MÚSICA 2. COMPONENTE LÚDICA (Coordenação da Divisão de Cultura da Câmara Municipal da Ribeira Grande) Roteiro turístico da Ribeira Grande (S. Miguel, Açores). Visita a locais de relevo: as fábricas de chá, as praias e os montes, caldeiras da Ribeira Grande. HORÁRIO DAS SESSÕES DIA 5 MAIO 2006 (6ª Fª) TEMA 1. TRADIÇÕES E EXPATRIADOS 09.30 REGISTO DE PRESENÇAS DIA 6 MAIO 2006 (SÁBADO) TEMA 2. AÇORIANOS NO MUNDO 09.30 REGISTO DE PRESENÇAS DIA 7 MAIO 2006 (DOMINGO) TEMA 2. AÇORIANOS NO MUNDO 09.30 REGISTO DE PRESENÇAS 18.00 Encerramento das sessões com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande e entidades convidadas. ENCONTROS AÇORIANOS DA LUSOFONIA Presidente da Comissão Executiva J. CHRYS CHRYSTELLO Telefone: (351) 296 446940 Telemóvel: (+ 351) 91 9287816 / 91 6755675 E-fax (E-mail fax): + (00) 1 630 563 1902 E-mail: lusofoniazores@sapo.pt Página da internet: http://LUSOFONIAZORES2006.com.sapo.pt