A falar (Português) é que a gente se entende...

Incrementar o uso da Língua Portuguesa

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Localização: Carnaxide, Lisboa, Portugal

sábado, julho 23, 2005

O Português no mundo

O português é uma das línguas oficiais da Comunidade Européia desde 1986, data em que Portugal torna-se membro da instituição. Em 1994, é criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que reúne Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Brasil. Brasil A língua falada no Brasil colonial não acompanha as mudanças ocorridas durante o século XVIII no português falado na metrópole: além de manter-se fiel à maneira de pronunciar da época da descoberta, o português falado no Brasil sofre fortes influências indígenas e africanas e, mais tarde, de imigrantes europeus que se instalam no centro-sul. Isso explica a presença de modalidades fonéticas tão distintas quanto as do nordestino, do mineiro ou do gaúcho, mesmo conservando uma rara uniformidade. A língua portuguesa no Brasil, apesar de falada em uma imensa extensão territorial, manteve sua unidade, variando apenas em questões superficiais de léxico e modalidades de pronúncias regionais. Língua indígena – A língua de contato entre o colonizador e os povos indígenas do litoral é o tupi mais precisamente o dialeto tupinambá. Os jesuítas estudam a língua, traduzem orações cristãs para a catequese e ela se estabelece como língua geral, ao lado do português, na vida cotidiana da colônia. Na metade do século XVIII, o tupi tem sua utilização proibida por uma Provisão Real de 1757. Nessa época, o português se fortalece com o afluxo de grande número de pessoas da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas do país (1759), o português fixa-se definitivamente como o idioma do Brasil. Herança tupi – Da língua indígena, o português incorpora principalmente palavras referentes à flora (abacaxi, buriti, carnaúba, mandacaru, mandioca, sapé, taquara, peroba, imbuia, jacarandá, ipê, cipó, pitanga, maracujá, jabuticaba, caju), à fauna (capivara, quati, tatu, sagüi, caninana, sucuri, piranha, araponga, urubu, curió, sabiá), a nomes geográficos (Aracaju, Guanabara, Tijuca, Niterói, Pindamonhangaba, Itapeva) e a nomes próprios (Jurandir, Ubirajara, Maíra). Influência africana – O iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria, deixa o vocabulário ligado ao candomblé (nomes de divindades como Exu, Iansã) e à cozinha afro-brasileira (vatapá, abará, acarajé). O quimbundo angolano fornece palavras da vida cotidiana (caçula, cafuné, molambo, moleque) e termos relativos à escravidão (bangüê, senzala, mocambo, maxixe, samba). Ásia A presença política de Portugal na Ásia hoje limita-se a Macau, mas os portugueses já controlaram regiões mais extensas, que incluíam partes da Índia, da Indonésia, do Sri Lanka e da Malásia. Entre os séculos XVI e XVIII, o português serve de língua franca nos portos da Índia e sudeste da Ásia, estabelecendo a comunicação entre povos de línguas diferentes. Entretanto, o único lugar onde o português sobrevive na sua forma oficial é Goa, na Índia, onde está sendo gradualmente substituído pelo inglês. Em Damão e Diu (Índia), Java (Indonésia), Macau (possessão portuguesa, de população predominantemente chinesa), Sri Lanka e em Málaca (Malaísia) são faladas variedades de crioulo idiomas que derivam de grande simplificação da língua que os origina. Mantêm do português basicamente a base lexical (vocabulário), diferindo muito no aspecto gramatical. África Na África, o português é a língua oficial de cinco países: São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola. Nesses países, ele é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. Esse português regional distancia-se cada vez mais da língua portuguesa falada na Europa, aproximando-se em muitos casos do português falado no Brasil. As línguas nacionais ou crioulos que existem nesses países – muito diferentes entre si – são utilizados nas situações da vida cotidiana e resultam de uma grande reestruturação do português, provocada pelo contato com as línguas locais. São Tomé e Príncipe – A língua oficial é o português, devido à colonização, mas a maioria da população das ilhas fala hoje mais os dialetos locais forro e moncó, além de línguas de Angola. Cabo Verde – O português é a língua oficial e de instrução, mas fala-se um dialeto crioulo que mescla o português arcaico a línguas africanas. Há duas variedades, a de Barlavento e a de Sotavento. Guiné-Bissau – Dados de 1983 revelam que 44% da população fala o dialeto crioulo, semelhante ao de Cabo Verde, enquanto apenas 11,1% utiliza o português. O restante da população fala inúmeros dialetos africanos. Moçambique – O português é a língua oficial falada por 25% da população, mas apenas 1,2% considera como língua materna. A maioria dos moçambicanos fala línguas do grupo banto. Angola – Em 1983, 60% dos moradores declaram que o português é sua língua materna. A língua oficial convive com o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o chacue. --------------- Leia mais sobre a Língua Portuguesa em: Conhecimentos Gerais

1 Comments:

Blogger Unknown said...

na minha opnião eu acho que os povos africanos estão muito certos em falar o dialeto porque o portugues(idoma)foi uma das barbaridades impostas pelos colonizadores portugueses,o brasil também deveria ter o seu dialeto uma lingua aleatoria ao potugues. eo gilberto gil fala muita besteira.

11/11/2007 10:35:00 da tarde  

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